Os aparelhos auditivos são dispositivos capazes de captar os sons do ambiente externo e transformá-los em estímulos elétricos que são enviados ao cérebro. E isso tudo acontece de forma muito rápida, sem ao menos nos darmos conta da complexidade desse processo. Interessante, não é mesmo?
Mas você já se perguntou sobre a origem desses aparelhos? Como eles surgiram? Continue a leitura para descobrir!
A invenção do aparelho auditivo
Antes de falarmos sobre os aparelhos auditivos, precisamos voltar na história, mais precisamente no período entre o final do século 19 e início do século 20.
Tudo começa com o italiano Antonio Santi Giuseppe Meucci, que buscava desenvolver um telefone eletromagnético capaz de conectar seu escritório ao quarto em que sua esposa, diagnosticada com reumatismo, ficava. Por volta de 1872, também doente, Meucci conseguiu apenas a patente provisória de sua invenção, o que o levou, tempos depois, a vender o protótipo do telefone.
Já em 1873, Alexander Graham Bell, cientista, inventor e empresário, comprou o protótipo do telefone e o patenteou. Continuando suas experiências em comunicação, Bell foi considerado o inventor do aparelho que amplificava eletronicamente o som usado em microfones de carbono. Esse foi o conceito adotado pelos fabricantes de aparelhos auditivos mais tarde.
Mas foi Thomas Edison, em 1886, que revolucionou a tecnologia dos aparelhos auditivos. Ele conseguiu aperfeiçoar o telefone de Meucci e transformá-lo em um dispositivo ainda melhor, fazendo com que os sons se transformassem em sinais elétricos.
Durante a Revolução Industrial e o pós-guerra, empresas começaram a produzir os aparelhos auditivos em larga escala em diferentes partes do mundo.
Os primeiros aparelhos auditivos
Cada empresa criava a sua própria versão dos aparelhos auditivos. A Dictograph Company, por exemplo, criou, em 1898, o primeiro aparelho auditivo de carbono em escala comercial. Depois, a Akouphone criou um aparelho elétrico com transmissor de carbono e uma bateria. O ponto curioso é que esse aparelho era tão grande que precisava ficar sob uma mesa, inviabilizando o uso nas orelhas, como conhecemos hoje.
Com o passar do tempo, as tecnologias e inovação foram evoluindo, dando espaço, por exemplo, aos tubos a vácuo, que tornou a amplificação dos sons mais eficiente. Contudo, as baterias ainda eram um problema.
E foi só nos anos 1950 que apareceram os primeiros aparelhos auditivos com transistors, — — chaves de “on/off”. Conforme o tamanho das baterias foi diminuindo, os fabricantes conseguiam desenvolver aparelhos cada vez mais pequenos. Basicamente, os primeiros aparelhos com transistor eram uma versão de bolso e, depois, começaram a ser encaixados nas armações dos óculos. Ainda, os aparelhos foram adaptados para funcionar como prendedores de gravata e até brincos, chegando aos modelos que conhecemos atualmente.
Já no século 21, com inúmeros avanços tecnológicos e digitais, os aparelhos auditivos foram ficando cada vez menores e mais funcionais, atendendo às necessidades específicas de cada paciente.
Gostou de saber como os aparelhos auditivos surgiram? Então, leia nosso próximo post e descubra os tipos de aparelhos auditivos existentes no mercado!